uma análise pouco rigorosa deste poema?

Quero voar
– mas saem da lama
garras de chão
que me prendem os tornozelos.

Quero morrer
– mas descem das nuvens
braços de angústia
que me seguram pelos cabelos.

E assim suspenso
no clamor da tempestade
como um saco de problemas
– tapo os olhos com as lágrimas
para não ver as algemas.

(Mas qualquer balouçar ao vento me parece Liberdade)

Este poema expressa a impossibilidade do poeta, e por extensão, de todos nós, de nos livrarmos da condição humana, e, até mesmo da morte libertadora. Depois que nascemos vivemos numa espécie de prisão, talvez até para sempre.

Cada verso tem um total de sílabas diferente. O primeiro tem quatro, o segundo, cinco, depois, quatro, oito, quatro, cinco, quatro, nove, quatro, sete, sete, sete e o último, sete. Último acento dominante?! Esse poema não tem quase rimas, só noto problemas e algemas rimando perfeitamente, rima consoante, pobre, e, alguma identidade de sons em lama e chão, morrer e cabelos e tempestade e lágrimas

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